"Fui Acampar, andava nos escuteiros, e houve um acampamento, mais um, depois de tantos outros, no entanto, foi o meu último, aquele acampamento mudou a minha vida.
Fomos para Ponte de Lima, eu com os meus 13 anos, e o rapaz de quem gostava com 17. Ele havia reparado em mim, lembro-me de corar quando sentia os olhos dele pousados em mim, era apenas a típica e vulgar adoloscente com o seu primeiro amor, à noite, durante a tradicional fogueira dos acampamentos, ele enviou-me um papel, onde dizia para ir ter com ele às 23h à sua tenda, pois precisava de falar comigo, e assim fui ...
Quando cheguei ele convidou-me para entrar, disse-me que me amava e não suportava estar nem mais um segundo longe de mim quando a sua vontade era beijar-me e que fosse dele para sempre, e assim lá me entreguei a ele, fizemos amor, ou devo antes dizer, eu fiz amor com ele, e ele fez sexo comigo.
Os 3 dias do acampamento seguiram-se mas ele após aquela noite ignorava-me, na altura de me vir a menstruação não veio, fiquei assustada, e após fazer um teste, não tendo mais por onde escapar contei à minha mãe, ela ficou calada e não pronunciou uma palavra enquanto lhe contava cada pormenor daquela noite, e no final fez-me uma simples pergunta, "Queres abortar?" , disse-lhe que não, ela avisou-me que não iria ser fácil que não tinha consições para criar aquele bebé que se estava a formar dentro de mim, mas disse que a decisão era minha, e que me apoiaria em tudo.
Decidi ir falar com ele, e contei-lhe, apenas obtive a simples resposta de "o problema é teu, resolve-o!"
Tive uma gravidez estável, com poucos riscos para uma adolescente de 13 anos, ponderei a adoção, e a minha mãe propôs-me serem os meus próprios pais a adotarem o meu bebé, e iriam educa-lo como se deles fosse. Ponderei sobre o assunto, e então , passadas 41 semanas daquela noite, estava em casa pronta a deitar-me e romperam-me as àguas, fui para o hospital, as contrações eram horriveis, contorcia-me com a dor! Tudo correu bem, tive uma menina linda e perfeita a quem chamei Micaela, e hoje 4 anos depois, aqui estou eu , a viver na mesma casa que ela , mas sendo para todos os efeitos, a irmã mais velha."
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